20 novembro 2014

Pressão dos Pneus



   Nessa matéria, trataremos sobre a pressão ideal para os pneus da sua bicicleta, baseados em uma matéria postada na Revista Bicicleta..

Pressão dos Pneus


   Para começar, você sabe o que é PSI? Essa é a unidade de medida mais utilizada no Brasil para a calibragem de pneus. A sigla significa Pound Force per Square Inch, ou Libra Força por Polegada Quadrada, que é a resultante de uma força aplicada a uma área de uma polegada quadrada. É a unidade de medida de pressão padrão da indústria inglesa e americana.
* No Brasil é bem comum a expressão "calibragem" ou "libras".


Qual a calibragem correta?

   Engana-se quem acredita que quanto mais cheio o pneu, mais a bicicleta vai render. O pneu precisa absorver as irregularidades do solo, oferecer tração e ao mesmo tempo manter o conforto para o ciclista. Quando for calibrar o seu pneu, considere o tipo e tamanho do pneu, peso do ciclista e bicicleta somados, e as condições do terreno. Sempre que for rodar com a sua bicicleta, verifique a calibragem e, caso necessário, calibre com a pressão indicada para seu peso, condição de uso e tipo de pneu.

* Em bicicletas de estrada, as famosas "speed", a alta calibragem é sim, sinônimo de melhor rendimento no asfalto, já que diminui a área de contato do pneu com o solo. Mas para tal resultado, devemos respeitar dois fatores: 

01. A qualidade e a resistência da fita de proteção do aro;
02. O limite de pressão recomendado na lateral do pneu (Para este recomendo de 05 até 10 libras à menos que o recomendado pelo fabricante, para que você não corra o risco de deformar o seu pneu e ficar "empenhado" durante seus treinos ou competições;
Para os ciclistas que procuram alto rendimento, e visam o lado competitivo, a compra do pneu e da fita de proteção Aro/Câmara de ar é importantíssima, devendo ser observado a sua indicação para ajudar na seleção de compra.

Excesso de pressão

   Uma bicicleta com o pneu muito cheio tende a perder contato com o solo em trechos irregulares e nas curvas. Outro ponto sacrificado é o conforto, a bicicleta vibra e a condução é comprometida. Também está propenso a danos nos pneus causados por pedras afiadas e perigos semelhantes da estrada. Mas há, sim, alguma vantagem quando rodando em uma superfície ultralisa, como a de um velódromo.

* Para as bicicletas de Mountain Bike, seja Cross Country, Maratona XCM ou até mesmo Downhill e FourX, a calibragem é um dos pontos chaves a ser selecionado antes de largar em uma prova, variando de pista para pista e de piloto para piloto, ou seja, cada um tem um gosto em especial e ainda com o detalhe da variação de calibragem conforme o tamanho de sua roda (26", 27.5"/650b ou 29"). Particularmente falando sobre a minha mudança das 26" para as 29", eu utilizava um Kenda Karma 26x2.0 com uma calibragem média de 42 psi, agora com um Pirelli Scorpion 29x2.0 utilizo apenas 25 psi. É muita diferença e nem eu mesmo acreditava nesta calibragem, e foi a única maneira de conseguir aliar Tração/Aderência em curvas/Rodagem.

Pneu murcho

   Um pneu muito murcho terá maior resistência de rolamento. Também estará mais propenso a furar: é o tipo de furo que chamamos de snake bite, ou seja, picada de cobra, devido ao formato do furo pelo impacto do aro contra a câmara. Um pneu murcho pode até sair do aro durante as curvas. Este é um problema particular com pneus largos em aros estreitos.
* A famosa "mordida"! Esta é bem particular dos ciclistas que andam de MTB em terrenos mais acidentados ou dos "speedeiros" que não efetuam uma calibragem correta antes de encarar a estrada. Em especial para os speedeiros, o ideal é ter uma bomba de ar com potência de alta pressão, e efetuar a calibragem de seus pneus no mínimo semanalmente, evitando e diminuindo o risco destas possíveis "mordidas".


Os pneus com calibragem ideal

   Com a calibragem correta, o pneu terá resistência ideal de rolamento. Um pneu inflado corretamente não terá as “picadas de cobra” em uso normal. Também irá absorver melhor as irregularidades da superfície do terreno, melhorando o conforto do piloto. Absorvendo as irregularidades da superfície, ele não irá quicar nem perder a tração.


Indicação na banda

   Não se engane com a informação na banda lateral do pneu, que indica a pressão máxima recomendada. Este número informa a máxima pressão que o pneu irá suportar, porém, considere que os pneus durante o uso irão se deformar e a pressão varia com o calor, impactos e peso do conjunto bicicleta, ciclista e carga.


Ferramentas

Você precisa de uma aferidor de calibragem, mas também pode utilizar o manômetro da bomba infladora. Uma dica bacana é um aplicativo da tradicional marca italiana de pneus Vittoria, que pode ser baixado para IOS ou Android no link www.vittoria.com/tech/recom-tyre-pressure/.


Principais tópicos sobre pneus

Para escolher a pressão precisamos saber:
Quão fina é a TPI (Thread per Inch), que é a trama do pneu. Ou seja, o quanto flexível é a carcaça do pneu. Quanto mais alto o TPI, maior a pressão possível.
Qual a construção: Clincher é menos flexível e sofre mais de histerese (fricção interna) do que um tubular, portanto suportando maior pressão. Tubeless pode usar pressão menor, pois não corre risco de ‘pinch flat’/snake bite.
   Peso total do sistema: quanto mais pesado bike e ciclista, maior a pressão necessária para ‘sustentar’ o peso. Por isso que colocamos uma pressão maior nos pneus de nossos carros quando viajamos com ele cheio.
   Condições climáticas e do piso – com chuva temos menos aderência, por isso precisamos de uma área de contato maior, que se obtém com uma pressão menor (pneu menos cheio). Em pisos muito irregulares, um pneu ‘duro’, ou seja, muito cheio, com pressão muito alta, irá ficar menos tempo em contato com a superfície e com isso perderá tração.  Ou seja, perdemos desempenho e conforto!
   Para MTB, a largura do pneu: a largura do pneu afeta o volume de ar interno, o que afeta diretamente a pressão. Como no MTB a largura do pneu varia muito mais, isso tem de ser considerado. Para estrada, o efeito é menor, a não ser que se esteja comparando um pneu 19C de pista com um 28C de granfondo/treino. Quanto mais largo o pneu, menor a pressão a ser usada, pois maior será o volume de ar dentro do pneu.
   A função principal do pneu é manter a bicicleta o máximo possível em contato com o piso. Por isso que a roda de madeira foi substituída pelo pneu de borracha: não só para conforto, mas para desempenho.
   O pneu tem que deformar para criar uma área de contato maior.
   O pneu tem que deformar para absorver pequenas irregularidades do piso e manter a bike em contato com o chão, fazendo com que toda a força exercida pelas pernas seja direcionada a propulsionar a bike para a frente!
   A pressão muda conforme o pneu deforma: apenas para reforçar que jamais se deve usar uma pressão próxima da máxima escrita na lateral do pneu.
   E último, mas não menos importante: a preferência pessoal. Algumas pessoas preferem uma bike um pouco mais dura, mais agressiva, e outros preferem um pouco mais macias. Às vezes uma bike com entre-eixos mais curta, que é mais ‘arisca’, pode ser amansada com uma calibragem um pouco mais baixa.
 Fonte:  Revista Bicicleta por Ronaldo Huhm

Capital Finlandesa pretende quer ser independente dos carros até 2025

Em dez anos, a engenheira de transportes Sonja Heikkilä espera que os moradores de Helsinque, na Finlândia, aposentem os carros próprios e façam uso de um novo sistema de transporte público. Revolucionária e ampla, a proposta apresentada por Heikkilä almeja um modelo que reúna ônibus, metrô, trem, carro, bicicleta e táxi de maneira homogênea – sem que as pessoas sejam obrigadas a comprar seus próprios veículos.
“Já que tudo poderá ser dividido, poucas pessoas vão querer ter sua ‘posse’ no futuro”, conta o projeto. O governo de Helsinque apoia tanto a ideia inovadora que planeja aplicá-la – em formato de teste – na virada do ano. Com o aplicativo “route planner”, Heikkilä acredita que no ano de 2025 as pessoas já poderão realizar viagens mais inteligentes, por exemplo: com esse modelo, os cidadãos conseguirão saber qual trecho deverá ser feito com bicicletas; ou com carros, trens e afins.
Moradores da capital da Finlândia não terão carro em 2025 (Foto: Reprodução)
A cidade acredita que essa plataforma será capaz de fazer com que os funcionários parem de comprar serviços de transporte com suas próprias economias. A engenheira de transporte responsável pela pesquisa afirma: “Os jovens moradores da cidade não enxergam os veículos como os seus pais faziam. Um carro não é mais símbolo de status entre as pessoas mais novas”. Na realidade, Heikkilä afirma que “transportes flexíveis, baratos e suficientes” são os fatores que mais interessam a essa camada da população.

Para a autora, “o transporte público atual é muito fraco para atender todas as necessidades da sociedade”. Ela entende que muitas pessoas optam pelo carro ao invés dos transportes públicos: “Uma vez que o carro está estacionado na garagem, ele é usado excessivamente”.

Sobre o modelo, Heikkilä acredita que sua aplicação não será simples, mas ela é possível: “Isso pode dar certo. Apesar das pessoas mais velhas não entenderem muito bem o conceito, a mudança vem gradualmente”.